sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Itália


Dando seqüência à nossa, Gênova foi a próxima parada. nos instalamos pela manhã em um pequeno albergue por entre as ruas estreitas e calmas de uma região no entorno da estação. Ao acordar ainda pela manhã, a cena já era outra: pessoas gritando e muito movimento de compra e venda de produtos contrabandeados. Era notável na fisionomia das pessoas que ali transitavam, que aquela era uma região de muita imigração: indianos, africanos e orientais. Gênova é uma cidade extremamente portuária que apresenta também marcas de guerra, mas seu desenvolvimento comercial e a enorme quantidade de containeres e navios remete justamente a imaginar um passado de um local estratégico e fundamental na época da guerra.
Gênova apresentou-se como uma cidade de consideráveis contrastes. Lugares de vista bela e muita natureza se misturam ao concretismo de sua arquitetura e às suas instalações metálicas marítimicas. Como se não bastasse, fora naquele momento em que uma noticia instaurou o clima de desespero entre os viajantes que, simplesmente sem comédia alguma, conseguiram sacar o restante do dinheiro - diga-se de passagem - necessário para continuar a viagem. O grupo então passou a funcionar sob outro sistema: dormia-se uma noite e a seguinte andava-se pelas ruas ou permanecia-se em alguma estação de transportes.
E foi assim todo o restante da viagem. Contou-se ainda com a ajuda de empréstimos de duas amigas que portavam cartões internacionais, estes de fato possibilitaram a realização de operações internacionais em outro circuito que não o luso-brasileiro.
A destino de Veneza o grupo passou rapidamente pela cidade de Pisa e como é óbvio avistou a intrigante Torre de Pisa. Nesse momento, na intersubjetividade já era aparente a heterogeneidade do grupo, fato que impôs dificuldades práticas a nível das decisões concomitantemente ao processo criativo de identidades subgrupais ao mesmo tempo que todos esses conseguiam dialogar em busca de um consenso, atingindo assim esse objetivo e chegando ao destino comemorativo do fim de ano em Veneza.
A beleza de Veneza presenteou o grupo que seguiu curioso a Torin em busca de neve. Ao lá chegar e não encontrá-la, o grupo continuou a busca na cidade de Bussoleno, onde lá já avistava-se os Alpes italianos. Seus picos estavam totalmente brancos, o cenário era belíssimo, mas queria-se tocar na neve, andar, escorregar e brincar como nos antigos sonhos de criança.
Enfim, Bardoneccia. É bastante fácil imaginar uma série de pessoas admiradas com a neve já na estação de trem e a feição ainda mais impressionada dos populares que lá estavam a avistar aquela cena. Foi realmente uma busca pelo inédito, ali jás não mais.
Era tempo de voltar ao sentido leste, Milão: como qualquer outra cidade grande que “tem tudo mas não têm nada”. Foi isso que ouviu-se antes de lá ir e que – em certos aspectos – pode se confirmar. Por outro lado, muito agradou uma exposição ao ar livre de fotografias: uma rua larga transformada em museu, nada melhor para aquele grupo.
Já era momento para retornar ao Porto, muitos estavam exaustos, outros já tinham retornado às suas residências. Mas o mentor e outros componentes dessa expedição persistiam. Foram assim para Barcelona.
A efusiva Espanha já era conhecida em si pela alegria e simpatia de seu povo. Foi a vez de Barcelona ratificar isso e surpreender com a beleza de sua arquitetura e potencial artístico apresentado nas ruas e envolvendo a grande parte dos transeuntes.
Enfim, Porto. Era como se sentir em casa, não precisar de um mapa para locomover-se já era algo que nos dava sentido de independência. Chegamos a tempo de nos instalar novamente e agora já é tempo de preparar-se para os tão comentados “exames” da Universidade.

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